5 de set. de 2011

Trocas de calor - exercícios

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14. Em um calorímetro de capacidade térmica conhecida e igual a 8 cal/°C é colocada uma massa de água a 50°C. Se a temperatura inicial do interior do calorímetro era de 20°C e, ao final, no equilíbrio térmico, sua temperatura era de 48°C, qual o valor da massa de água nele colocada? Dado: cágua= 1 cal/g°C.

Qcalorímetro = C . ∆T                                         Qágua = m . 1 . (48 – 50)
                = 8 . (48 – 20)                                             = m . (-2)
                = 8 . 28                                                        = -2m
                = 224 cal

Qcalorímetro + Qágua = 0
224 – 2m – 0
-2m = -224
m = 224/2
m = 112g

Trocas de calor - exercícios

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3. Calcule a massa que restará de gelo ao ser atingido o equilíbrio térmico quando um pedaço de 0,2kg de massa e temperatura –10°C for lançado em uma bacia contendo 4 litros de água a 20°C. Despreze as trocas de calor com o ambiente.

Dados: cágua = 1 cal/g°C
             cgelo = 0,5 cal/gºC
             calor latente de fusão do gelo = 80cal/g.

Resolução:

1.    Calcular a Temperatura final do Equilíbrio Térmico (Qx + Qy = 0)

Q = m . c . ∆T

Qgelo = 200 . 0,5 . (Tf – [- 10])                 Qágua = 4000 . 1 . (Tf – 20)
        = 100 . (Tf + 10)                                      = 4000 . (Tf – 20)
        = 100Tf + 1000 cal                                  = 4000Tf – 80000 cal

100Tf + 1000 + 4000Tf – 80000 = 0
4100Tf – 79000 = 0
4100Tf = 79000
Tf = 79000/4100
Tf = 19,3°C

2.    Calcular Q1(gelo), Q2(gelo) e Qágua.

Q1(gelo) = calor que o gelo deve absorver da água para atingir 0°C.
Q2(gelo) = calor total necessário para o gelo fundir-se.
Qágua = calor cedido pela água.

Q1 = 200 . 0,5 . (0 – [-10])                  Q2 = 200 . 80 (Q = m . L)
     = 1000 cal                                          = 16000 cal
                                          +
                        17000 cal para derreter todo o gelo.

Qágua = 4000 . 1 . (19,3 – 20)
         = 4000 . (-0,7)
         = 2800 cal

Qágua  < Qgelo, portanto o gelo não irá derreter totalmente. Logo, o Q2 utilizado para derreter apenas parcialmente o gelo, terá de ser calculado.

Q1(gelo) + Q2(gelo) + Qágua = 0                       
1000 + Q2(gelo) + (-2800) = 0                        
Q2(gelo) = 1800 cal                                          
                                                                      

Substituindo na fórmula:

Q2(gelo) = m . L
1800 = 80m
m = 1800/80
m = 22,5


m = massa de gelo que foi derretida. O exercício pede a massa restante, logo:

mrest = 200 – 22,5
mrest = 177,5 g

Trocas de calor em recipientes termicamente isolados

Capítulo 4, apostila nº 11.

Isolamento térmico

Isolantes térmicos são recipientes que permitem armazenar corpos sem com que ocorra nenhuma ou muito pouca troca de calor entre eles e o ambiente. Exemplos disso são geladeiras de isopor e garrafas térmicas. O recipiente no qual o corpo armazenado em seu interior não exerce nenhuma troca de calor com o ambiente é chamado de recipiente termicamente isolado


Equipamentos cujos objetivos são semelhantes aos das geladeiras de isopor e garrafas térmicas, são chamados calorímetros. Um calorímetro ideal é aquele que não permite nenhum tipo de troca de calor entre o seu conteúdo e o ambiente externo. 

Trocas de calor e equilíbrio térmico


Corpos que mantém temperaturas diferentes tendem a igualar suas temperaturas quando colocados em contato, ou em outras palavras, tendem a atingir o equilíbrio térmico. 

Imagine um recipiente termicamente isolado, no qual se contém dois corpos: X e Y. O corpo X, à temperatura Tx, é colocado em contato com o corpo Y, à temperatura Ty. Se nessa situação a temperatura do corpo X começar a cair, pode se concluir que: 

1. Inicialmente, Tx > Ty.

2. O calor transfere-se de X para Y.

3. Após a troca de calor, Tx = Ty.

Assim, sendo Qx a temperatura liberada por X e Qy a temperatura absorvida por Y, pode-se dizer que, em valores absolutos, Qx = Qy. Porém, considerando que os corpos não mudam seu estado físico após a troca de calor, Qx e Qy podem ser calculados através da equação fundamental da calorimetria (Q = m . c . ∆T). A partir disso, pode-se avaliar que Qx < 0 e Qy > 0, ou seja, Qx é negativo (pois o corpo X libera calor) e Qy positivo (pois o corpo Y absorve calor), logo: 
Qx + Qy = 0. 

Calorímetros e trocas de calor

Quando colocamos uma substância de temperatura alta dentro de um calorímetro de temperatura baixa, esse calorímetro tende a absorver o calor da substância. Porém, a quantidade de calor absorvido pelo recipiente nessa situação, só será considerável dependendo de sua capacidade térmica (C). 


Capacidade térmica (C) é a relação entre o calor absorvido por um corpo (Q) e a elevação de temperatura que ele sofre depois de absorver o calor (∆T), ou seja: 


C = Q / ∆T 

Quando dois corpos são colocados juntos num calorímetro, ocorre troca de calor entre os corpos em si e entre os corpos e o calorímetro. Vamos supor um corpo X à temperatura Tx, um corpo Y à temperatura Ty, e um calorímetro de capacidade térmica C: 

1. Inicialmente Tx > Ty.

2. O calor transfere-se de X para Y e para o calorímetro.

3. Após a troca de calor, Tx = Ty.


No equilíbrio térmico, uma parte do calor cedido por X (Qx) é absorvida por Y (Qy), e a outra parte, pelo calorímetro (Q), ou seja: 

 
Qx + Qy + Q= 0.

4 de set. de 2011

Questão de Fim de Semana - 04/09/2011

D. Pedro II






D. Pedro II nasceu no Rio de Janeiro em 2 de dezembro de 1825. Com a morte de seu pai, seus irmãos mais velhos Miguel e João Carlos assumiram o trono e logo após suas mortes, D. Pedro II herdou o direito ao trono. Após a abdicação do trono e a partida de D. Pedro I para Portugal, ascendeu ao poder com apenas 6 anos, em 7 de abril de 1831 até que pudesse realmente assumir o poder.

Após nove anos de conflitos políticos internos no país, D. Pedro II foi considerado maior de idade e coroado no ano seguinte, no dia 18 de julho de 1841. Dois anos após, no dia 30 de maio, casou-se com a princesa napolitana Teresa Cristina Maria de Bourbon. Com ela, teve quatro filhos, mas somente dois sobreviveram: as princesas Isabel e Leopoldina.

Entre seus primeiros atos de governo, decretou a anistia geral e restabeleceu o conselho de Estado, tentou buscar a pacificação do país, contornando diversas revoltas como a dos Liberais (1842), em Minas Gerais e São Paulo; a Guerra dos Farrapos (1845) e a Insurreição Praieira (1848), em Pernambuco.


Foram construídas as primeiras linhas telegráficas e a primeira estrada de ferro do país, ocorreram também o fim do tráfico negreiro (4 de setembro de 1850), a implantação do sistema de esgotamento das duas principais cidades da época, São Paulo e Rio de Janeiro (1850); a Lei do Ventre Livre (28 de setembro de 1871); a libertação dos escravos sexagenários e a lei Áurea, em 13 de maio de 1888, sancionada pela princesa Isabel, que ocupava a regência.

Em 1870, com o final da Guerra do Paraguai, as divergências políticas se acirraram e o surgimento do Partido Republicano neste ano deu início à decadência política do Império e foi proclamada a republica em 15 de Novembro de 1889. Ficou prisioneiro no paço da Cidade, para onde foi ao sair de Petrópolis, numa tentativa frustrada de sufocar o movimento.

Com a decretação de que teria que sair do país em 24 horas pelo governo provisório, D. Pedro II deixou o Brasil e foi para Portugal com a família dois dias depois, chegando em Lisboa e depois indo em direção ao Porto, onde a imperatriz morreu no dia 28 de dezembro.

Aos 66 anos, morreu de pneumonia em um hotel em Paris, no dia 5 de dezembro de 1891. Seu corpo foi enviado à Lisboa, onde foi colocado no convento de São Vicente de Fora, juntamente com o de sua esposa. Em 1920, os restos mortais do imperador vieram para o Brasil, tendo sido depositados na catedral do Rio de Janeiro e depois transferidos para a catedral de Petrópolis, onde se encontram sepultados.